| O poeta brasileiro Paulo Scott, nascido em Porto Alegre, 1966, autor de seis livros de poesia e seis de prosa, muitos deles premiados e um que foi adaptado para o cinema para um longa-metragem de Gustavo Spolidoro (2008). Nesta indita reuni?o, ''Se o mundo redondo e outros poemas'', Scott traz toda a sua originalidade, com o registo imagtico da realidade circundante e o cruzamento de vozes e dic?es diversas. A voz nica deste poeta, j? consagrado pela multiplicidade de premia?es que alcanou desde que iniciou o seu percurso liter?rio em 2001, traz ritmos elpticos, planos de perce?o, espaos urbanos onde a poesia mostra os dramas cotidianos de vidas ordin?rias. Como bem apreciado pelo prefaciador, o escritor e crtico de poesia Antnio Carlos Cortez, a arte potica de Scott est? em, justamente, registar tudo aquilo que, para poetas eloquentes, n?o teria suficiente import?ncia. Trata ele da solid?o que reside na banalidade, esta que n?o mostrada nos invent?rios pessoais de vitrias. De certa forma, em seus poemas h? a evoca?o, em uma voz nica e inteiramente diversa, do sentimento do ''Poema em linha reta'' pessoano: a sensa?o do n?o-lugar, do convvio intenso e cruel com o real, matria que n?o sujeita ?s biografias e, portanto, inservvel ?quele mundo redondo e perfeito, de gente que n?o 'leva porrada', bem diverso de um outro mundo, 'ridculo, absurdo, grotesco, mesquinho, submisso e arrogante', que o da poesia. |
