: Barbara Cartland
: A conquista de um Sonho
: Barbara Cartland EBooks ltd
: 9781782137580
: 1
: CHF 2.60
:
: Historische Romane und Erzählungen
: Portuguese
: 245
: Wasserzeichen
: PC/MAC/eReader/Tablet
: ePUB

Apaixonada por Lucien de Sardou , uma jovem aristocrata francesa, Fleur Garton, foge  com ele para  Inglaterra, a fim de viverem no beloChâteau da família, mas a sua felicidade a dois,  dura  pouco, pois começa a guerra, e após duas semanas de convivência com Lucien, ele tem de partir para a Guerra. Infelizmente o seu fatídico destino, reserva-lhe a morte, pois ele é  dos primeiros a serem mortos. Sozinha no Castelo,  vivendo reservadamente uma solidão interior, vive com a mãe de Lucien, que era uma nobre  e gentil Condessa, Fleur leva uma vida solitária, sem qualquer envolvimento emocional, até que um dia, devido à ameaça mortal dos alemães, durante a  ocupação, é forçada a embarcar numa viagem perigosa, por  toda a França, e que ironicamente a leva, a recuperar sonhos antigos e  a deparar-se com uma nova alegria de viver, ao apaixonar-se novamente  por quem menos esperava...  

CAPÍTULO I ~ I942


Fleur Garton retirou-se do aposento onde jazia o corpo da Condessa de Sardou.

Depois da atmosfera pesada de um quarto de doente, o ar fresco do corredor deu-lhe nova energia, como se bebesse um copo de água gelada.

Ela foi à janela e abriu as cortinas. Fora, no jardim, os primeiros raios de um pálido sol dispersavam a neblina que cobria os verdejantes gramados.

Fleur suspirou, encostando a testa no batente de pedra cinzenta. Tinha olheiras profundas devido à noite de vigília, mas sentia-se estranhamente aliviada.

Ao longe, na linha do horizonte, um rolo escuro de fumaça toldava o céu azul. Era o resultado da destruição da véspera. Durante toda a noite uma chama rubra brilhara naquele local, onde aviões da RAF tinham bombardeado violentamente a região, desde o início da tarde.

Fleur ouvira o barulho das bombas caindo na fábrica, a trinta quilômetros de distância, uma fábrica onde os franceses produziam centenas de caminhões por semana, para o uso dos alemães que ocupavam a França. A casa onde ela morava sacudira ao impacto do bombardeio, mas a Condessa, ao saber do que se tratava, murmurara:

—Isso é bom. Só os ingleses poderão nos trazer a paz que tanto desejamos.

—Psiu,madame!— dissera Marie, a empregada—, não deve falar assim, os inimigos podem ouvi-la!

Mas Fleur sorrira com orgulho. Sim, eram seus compatriotas, os ingleses, que trariam a liberdade à nação francesa, conquistada e oprimida.

Agora, olhando para o espesso manto de fumaça, Fleur pensava em Lucien... Lucien voando orgulhosamente pelos céus… para logo cair em chamas, até o solo como tantos outros aviadores.

Os olhos de Fleur encheram-se de lágrimas.

«É estranho», admitia ela, «eu chorar agora por Lucien e não pela mãe dele».

A morte da Condessa fora muito suave. A distinta e aristocrática senhora de cabelos brancos e feições delicadas, o retrato perfeito dagrande dame, morrera com um padre paramentado e o médico da família à sua cabeceira. Marie soluçava aos pés da cama de dossel dourado, na qual gerações dos Sardou haviam nascido e morrido.

E essa cena, um tanto teatral, não causara pavor nem desespero a Fleur.

Somente após tudo terminado, ela tomava consciência de seu